quinta-feira, 1 de maio de 2014

Clássico bosta

O futebol encontra-se enraizado em nossas entranhas e, realmente, não há muito o que se fazer. A política que reina nesse Brasilzão é a da bola rolando nos gramados e quem tá na fila do hospital que dê seu jeito de comprar o ingresso do grande clássico, mais importante que professores ensinando o "bê-a-bá".
Alguém me diga, por favor, qual o real prazer de ir ao estádio, altas horas da noite (na saída), correndo o risco de levar um tiro, uma pedrada, uma bala de borracha? O que torna isso excitante? Por que torcedores (ou seja lá o que forem) sentem prazer em menosprezar rivais, chegando ao ponto de agredi-los verbal e/ou fisicamente, muitas vezes até os matando pelo simples fato de estar descontente com o 2x2 mais pra lá do que pra cá. A prática do futebol se tornou selvagem e capitalista de uma forma tão ignorante e primitiva que muitos vão aos estádios gritar, valorizar e beijar seus escudos armados, e não tem a simples capacidade de dar um beijo em suas mães. Muitos não tem nem o que comer, mas o do ingresso tá lá, é sagrado. A massa se torna tão cega, vaga e sebosa que grita aos quatro ventos "É Campeão!", mas não olha o cenário político atual e só sabe reclamar que não são disponibilizados mais ônibus 'pra negada'. Rico, pobre, branco, preto, gordo, magro...não se trata de classe social e, sim, de bom senso, de educação, criticidade e de buscar um real valor onde todos possam lucrar de uma maneira saudável, inteligente e produtiva. O futebol encontra-se enraizado em nossas entranhas e, realmente, não há muito o que se fazer (ou há muito a se fazer).

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